domingo, 31 de maio de 2009

O significado do sinal da Cruz

O Sinal da Cruz bem feito é riquíssimo em significado. Por Ele expressamos três verdades ou dogmas fundamentais da nossa fé: o Dogma da Santíssima Trindade, da Encarnação e da Morte de Jesus Cristo. Quando se diz: "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", você está proclamando o Mistério da Santíssima Trindade. Quando você leva à testa a mão direita aberta, dizendo: "Em nome do Pai" e desce com a mão na vertical e toca na altura do estômago continuando: "e do Filho", você está indicando o mistério da Encarnação: o Filho de Deus desceu ao seio da virgem Maria. Depois, levando a mão direita para o ombro esquerdo completando a cruz tocando o ombro direito, está se indicando a morte de Jesus na Cruz.
Na proclamação do Evangelho, aquele que proclama faz uma cruz com o polegar no livro dos evangelhos e três cruzes sobre si, na testa, na boca e no peito. A assembleia também faz as três cruzes sobre si. A cruz na testa lembra que o Evangelho deve ser entendido, estudado, conhecido; a cruz nos lábios lembra que o Evangelho deve ser proclamado, anunciado (missão de todo cristão); e a cruz no peito, à altura do coração, nos indica que o Evangelho, acima de tudo, deve ser vivido, pregado e testemunhado. A piedade popular também explica que a cruz na testa é para nos livrar dos maus pensamentos; na boca, para nos livrar das más palavras; e, no peito, para nos livrar das más ações.

sábado, 16 de maio de 2009

A palavra escrita e os livros na literatura profética

Alguns dos profetas empregaram a escrita. É possível que alguns outros profetas tenham redigido sua mensagem desde o início por escrito.

As razões para isso podem ser diversas. Gunneweg pensa que a vinculação de um profeta a um santuário faz com que ele tenha o interesse em conservar por escrito obras importantes. Millard afirma que a profecia sendo mensagem para o futuro só poderia ser verificada se fosse guardada por escrito. Hardmeier explica que a mensagem profética, quando rejeitada, gerava uma literatura de oposição, que servia de reflexão.

Zimmerli, o mais convincente, aponta vários motivos para a literatura profética: para que os ouvintes também possam ver e ler; para servir de testemunho e acusação, quando a desgraça acontecer; para sacudir o povo, como ataque ao presente.

1. Os livros proféticos

A Bíblia hebraica reúne três grandes profetas (Isaías, Jeremias e Ezequiel) e os Doze menores. A tradução dos Setenta altera a ordem dos Doze e os coloca antes de Isaías. Também introduz após Jeremias os livros de Baruc, Lamentações e a Carta de Jeremias (capítulo 6 de Baruc, em muitas edições atuais).

Daniel é considerado por algumas edições como profeta, enquanto que para os judeus ele está entre os “outros escritos” (Ketubîm). Na verdade, ele representa a literatura apocalíptica, filha da profecia.

2. A formação dos livros

No caso dos profetas, não é certo que um livro inteiro pertença a uma mesma pessoa. Mesmo Abdias, o menor escrito da Bíblia, apresenta acréscimos posteriores.

2.1. A palavra original do profeta

Pode ocorrer que entre a proclamação da mensagem e a sua redação transcorram vários anos. Por exemplo, em Jeremias capítulo 36, o profeta recebe a ordem de escrever tudo o que ouviu desde a vinte e dois anos antes. E no versículo 32 se lê que, num segundo rolo, se acrescentaram muitas palavras àquelas escritas no primeiro rolo, queimado por Joaquim.

É provável que, com a maioria dos profetas, a fala desse lugar a folhas soltas, posteriormente formando pequenas coleções. Também pode ter ocorrido um processo inverso: primeiro a escrita, depois a pregação.

2.2. A obra dos discípulos e seguidores

Pessoas com relação direta com o profeta ou mesmo bem distantes temporalmente atuaram redigindo textos biográficos, reelaborando ou criando novos oráculos. Temos como exemplo muitos relatos sobre o profeta em terceira pessoa, relatos anacrônicos, mudança de sentido no final do texto e acréscimo de palavras como simples esclarecimentos que orientam o leitor.

2.3. O agrupamento de coleções

Ocorre que nem sempre o critério para o agrupamento das coleções de oráculos foi o cronológico. Os redatores parecem ter preferido o agrupamento por temas e de acordo com os ouvintes e destinatários. Aparece assim o seguinte esquema, que não é absoluto:

- oráculos de condenação contra o próprio povo;

- oráculos de condenação contra países estrangeiros;

- oráculos de salvação para o próprio povo;

- parte narrativa.

2.4. Os acréscimos posteriores

Os livros proféticos, ainda assim, estavam sujeitos a acréscimos, geralmente de blocos inteiros. Pode-se garantir, entretanto, que pelo ano 200a.C. os livros proféticos já estavam em sua forma atual, de acordo com a citação do Eclesiástico e de cópias encontradas em Qumrã.



Resumo de: SICRE DIAZ, José Luiz. Profetismo em Israel. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 173-181.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Celebrar, concelebrar, assistir ou participar da Missa?

A Instrução Redemptions Sacramentum (n. 42) afirma: "O Sacrifício Eucarístico não deve, portanto, ser considerado "concelebração", no sentido unívoco do sacerdote juntamente com povo presente. Ao contrário, a Eucaristia celebrada pelos sacerdotes é um dom que supera radicalmente o poder da assembleia. A assembleia, que se reúne para a celebração da Eucaristia, necessita absolutamente de um sacerdote ordenado que a presida, para poder ser verdadeiramente uma assembleia eucarística. Por outro lado, a comunidade não é capaz de dotar-se por si só do ministro ordenado."
Embora os documentos da Santa Igreja utilizem também o termo "participar", não é errado utilizar o termo "assistir".
O próprio Papa Pio XII, na encíclica Mediador Dei, de 1947, exorta os Bispos: "Procurai, sobretudo, obter, com o vosso diligentíssimo zelo, que todos os fiéis assistam ao sacrifício eucarístico e dele recebam os mais abundantes frutos de salvação." Também o Catecismo de São Pio X (n.391) fala em "assistir devotamente ao Santo Sacrifício da Missa."
O que este termo frisa é a verdade de fé de que é o sacerdote que oferece o Santo Sacrifício da Missa, e não o leigo.
Por outro lado, é evidente que o fiel precisa assistir a celebração de forma participativa (Sacrossanctum Concilium, n.14), unindo sua vida ao Mistério do Santo Sacrifício que se renova no altar.

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