quinta-feira, 29 de agosto de 2013

PARE DE TOMAR A PÍLULA

Como já dizia o cantor e compositor brasileiro, Odair José, que fez grande sucesso a partir dos anos 70, com a sua música Pare de Tomar a Pílula: “PARE DE TOMAR A PÍLULA, … Porque ela não deixa o nosso filho nascer… Todo dia a gente ama mas você não quer deixar nascer o fruto desse amor” a qual foi censurada pelo governo brasileiro pelo suposto entendimento de que a canção fazia propaganda contrária à distribuição das tais pílulas para o controle de natalidade.
As chamadas pílulas anticoncepcionais, atualmente, contraceptivos hormonais, têm várias apresentações – comprimidos orais, injetáveis, adesivos cutâneos, dispositivos vaginais e implantes subcutâneos. Foram criadas nos anos 60, e eram compostas por uma combinação de estrogênios e progestagênios em altas doses, que ao agirem sobre a hipófise, inibiam a ovulação, portanto, eram contraceptivas. Essas descobertas coincidiram com a revolução sexual.
Essa formulação dos medicamentos causou vários efeitos colaterais graves, dentre eles tromboses, infartos, AVCs, os quais chegaram a levar a óbito algumas mulheres. Como consequência, houve várias pesquisas para se reduzirem as doses dos hormônios, e assim, ser reduzida a incidência dos efeitos colaterais, e sua gravidade. Houve redução progressiva, até que chegaram às doses atuais, que são incapazes de causar um bloqueio efetivo do eixo hipotálamo-hipófise-ovário (eixo hormonal), permitindo que as mulheres que usam contraceptivos hormonais, apresentem ovulações periódicas.
Além da ação sobre a ovulação, os medicamentos também atuam na movimentação das trompas, dificultando o percurso do óvulo para a cavidade uterina; alteram o muco do colo uterino para que dificulte a ascensão dos espermatozóides; e levam a uma atrofia importante do endométrio, acompanhada de um processo inflamatório. Essas modificações não impedem a fecundação em mais da metade dos ciclos, e quando essa acontece, frequentemente o ovo fecundado, é impedido de se implantar na parede uterina, ocorrendo a sua “eliminação”, junto com o sangramento menstrual, sem haver atraso da menstruação. Esse fato é denominado ABORTO OVULAR – há fecundação, mas não há implantação no endométrio, seguida de perda.
Como podemos perceber, a famosa pílula anticoncepcional impede que ‘o fruto do amor’ nasça, muitas das vezes,provocando um aborto imperceptível. Será que podemos concordar com seu uso?
OBS: a fecundação acontece na trompa e após sete dias, aproximadamente, o ovo fecundado chega à cavidade uterina, já composto por um aglomerado de células dispostos superficialmente e com uma cavidade central, denominado blastocisto, para se fixar ao endométrio e iniciar a formação da circulação materno-fetal, que irá nutrir o embrião em seu desenvolvimento.
SÚMULA DA IMPLANTAÇÃO

  1. MOORE, Keith L. e PERSAUD, T. V. N. Embriologia Clínica. 7ª edição. Rio de Janeiro : Elsevier, 2004. 609 páginas.
  2. SAAD, Mário J. A., MACIEL, Rui M. B. e MENDONÇA, Berenice B. Endocrinologia. São Paulo : Atheneu, 2007. 1251 páginas.
  3. Hormonal contraception and risk of venous thromboembolism: national follow-up study.
  4. Benefits and risks of hormonal contraception for women.
  5. Quais são os efeitos dos anticoncepcionais orais? – WWW.providafamilia.org
  6. WWW.coladaweb.com
Fabíola Barbosa Dias Borges, médica ginecologista. In: http://blog.cancaonova.com/familiasnovas/2013/04/24/pare-de-tomar-a-pilula/

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A Igreja e os sistemas econômicos


103. A análise articulada e aprofundada das «res novæ» [coisas novas, os novos tempos a que se referia Leão XIII na Rerum novarum], e especialmente a grande guinada de 1989, com a derrocada do sistema soviético, contém um apreço pela democracia e pela economia livre, no quadro de uma indispensável solidariedade.
312. A globalização da economia, com a liberalização dos mercados, o acentuar-se da concorrência, o aumento de empresas especializadas no fornecimento de produtos e serviços, requer maior flexibilidade no mercado do trabalho e na organização e na gestão dos processos produtivos. No juízo sobre esta delicada matéria, parece oportuno reservar uma maior atenção moral, cultural e no âmbito dos projetos, ao orientar o agir social e político sobre as temáticas ligadas à identidade e aos conteúdos do novo trabalho, num mercado e numa economia que também são novos. As modificações do mercado do trabalho, não raro, são um efeito da modificação do trabalho mesmo e não a sua causa.
335. Na perspectiva do desenvolvimento integral e solidário, pode-se dar uma justa apreciação à avaliação moral que a doutrina social oferece sobre a economia de mercado ou, simplesmente, economia livre: «Se por “capitalismo” se indica um sistema econômico que reconhece o papel fundamental e positivo da empresa, do mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade pelos meios de produção, da livre criatividade humana no sector da economia, a resposta é certamente positiva, embora talvez fosse mais apropriado falar de “economia de empresa”, ou de “economia de mercado”, ou simplesmente de “economia livre”. Mas se por “capitalismo” se entende um sistema onde a liberdade no setor da economia não está enquadrada num sólido contexto jurídico que a coloque ao serviço da liberdade humana integral e a considere como uma particular dimensão desta liberdade, cujo centro seja ético ereligioso, então a resposta é sem dúvida negativa»[Centesimus annus, 42]. Assim se define a perspectiva cristã acerca das condições sociais e políticas da atividade econômica: não só as suas regras, mas a sua qualidade moral e o seu significado.
336. A doutrina social da Igreja considera a liberdade da pessoa em campo econômico um valor fundamental e um direito inalienável a ser promovido e tutelado [...]

Então a Igreja aprova o contrário, o capitalismo? Não, há restrições a fazer, e não é uma escolha excelente. A Igreja faz sempre críticas também ao capitalismo.
Coloca-se um dilema — inexistente — entre socialismo e capitalismo, como se tivéssemos que escolher entre esses dois, considerando um bom e o outro ruim. A verdade é que o capitalismo é ruim, mas o socialismo é pior.
O principal ponto negativo do Capitalismo, condenado pela Igreja, é a separação entre Economia e Moral, que foi uma consequência da separação entre Igreja e Estado.
Um segundo ponto negativo do Capitalismo — também condenado — foi a livre concorrência absoluta na Economia. A livre concorrência absoluta favorece, por exemplo, o produto que dá mais lucro, geralmente o de pior qualidade, entre outras consequências.

Logo, temos pelo menos dois pontos negativos do capitalismo: 1) a separação entre Economia e Moral e 2) a Livre Concorrência Absoluta.
Se o Capitalismo tem esses dois pontos negativos, ele manteve, entretanto, dois pontos positivos:
1) continuou a admitir o direito de propriedade particular, que é um direito natural, direito que a Igreja sempre defendeu;
2) o capitalismo permite a livre iniciativa. Cada um pode trabalhar do modo que melhor lhe aprazer.
O Socialismo, ao contrário:
1) combate o direito de propriedade particular; por isso é um sistema anti-natural, essencialmente mau;
2) combate a livre iniciativa, pois o Estado é o controlador da economia, e o trabalhador é apenas uma peça do sistema econômico.
Não se trata de escolher entre Capitalismo e Socialismo ou entre Liberalismo e Comunismo. Entre dois males, se não houver outra via, deve-se escolher o mal menor, o mal que permite ainda a existência de uma certa ordem e de um certo bem.
Assim, entre Socialismo e Capitalismo, é preferível o Capitalismo, pois permite a propriedade particular e a liberdade econômica.
Frisando: no capitalismo, está de acordo com a Igreja o reconhecimento do direito natural a ter propriedade particular, assim como o direito de livre iniciativa, contra o coletivismo e o dirigismo socialista. Entretanto, a Igreja condena, e sempre condenou, no capitalismo, a separação entre economia e moral, típico princípio liberal, como condena também a livre concorrência absoluta e sem freio, que, de fato, acaba com a própria concorrência.
Portanto, a Igreja não apoia o capitalismo sem nenhuma restrição, mas também não o condena em absoluto, como fez com o socialismo.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Quaresma de São Miguel Arcanjo


Consta de 40 dias de oração (descontados os Domingos) a São Miguel, ladainha e consagração. Disponibilizamos as orações em pdf, pronto para imprimir em uma folha: baixe pelo link http://goo.gl/0Wi5cp

O Pe. Paulo Ricardo fez uma aula a respeito dessa devoção e sobre os anjos: http://www.youtube.com/watch?v=BmmNQEx65LM

Compartilhe! A oração ainda é a melhor arma contra todos os males.


Fonte:
Martyria Cursos e Editora: Quaresma de São Miguel Arcanjo

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Formação Católica Online: Curso de Iniciação Bíblica

Formação Católica Online: Curso de Iniciação Bíblica: É proposta deste curso investigar, de modo amplo, as Sagradas Escrituras, desde sua formação, visando oferecer uma iniciação à leitura e in...

livro Reflexões para o Ano Litúrgico - Papa João Paulo II livros sobre Família e Matrimônio Curso de Iniciação Teológica via internet livro Doutrina Eucarística Curso de Mariologia via internet Martyria Cursos e Editora Curso de Latim via internet livro O Sacramento do Matrimônio - sinal da união entre Cristo e a Igreja Curso de História da Igreja via internet livreto do fiel - Missa romana na forma extraordinária - português/latim Curso via internet - Cultura Mariológica Curso online Catecismo da Igreja Católica em exame Curso de Iniciação Bíblica via internet livro A arte da pregação sagrada Curso via internet - Passos para uma reforma litúrgica local