Reflexão para o 4º Domingo do Tempo Comum
Lc 4,30: “Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho”. (Veja também: 1ª leitura: Jr 1,4-5.17-19; Salmo 70; 2ª leitura: 1Cor 12,31-13,13; Evangelho: Lc 4,21-30).
A caridade do profeta
O profeta sabe que enfrentará rejeição. Faz parte do chamado, da vocação, não ter medo de anunciar tudo o que o Senhor manda (1ª leitura).
Com Jesus não foi diferente: repleto do dom da profecia e sendo Ele próprio o maior dos dons, o Amor (2ª leitura), viu naquele seu povo a quem pregou por primeiro interesses mesquinhos. A origem bastante comum de Jesus, um “filho de José”, desvia a atenção dos seus ouvintes, fazendo com que busquem sinais, prodígios e benefícios ao invés de ouvirem sua profecia. É o drama de todo ministro do Evangelho. Tem que lidar com sua imagem de pessoa comum, pecadora, que às vezes obscurece a palavra que anuncia.
“Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho” (Lc 4,30). Não se deixou influenciar pelo desejo utilitarista e preconceituoso de seu povo. Também não escolheu seus ouvintes de acordo com meras afinidades. Anunciava a todos, qual profeta das nações (Jr 1,5), sem se fixar onde era mais bem-vindo e sem se obstinar onde não era ouvido. É a atitude de quem tem o Amor, pois “a caridade é paciente, é benigna, não é vaidosa, não se ensoberbece, não se encoleriza, não guarda rancor. Suporta tudo” (1Cor 12,4-7).
Possa essa fidelidade de Cristo para com a Caridade na Verdade iluminar todo o Povo de Deus neste Ano Sacerdotal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário