Reflexão para o 18º Domingo do Tempo Comum
Lc 12,20-21: "Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de quem serão? Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus." (Veja também: 1ª leitura: Ecl 1,2;2,21-23; Salmo 89; 2ª leitura: Cl 3,1-5.9-11; Evangelho: Lc 12,13-21).
Busque as coisas do alto
Que resta ao homem de todo o seu labor? - pergunta o Eclesiastes. Nada! Tudo é vaidade, responde, até mesmo o descanso é uma ilusão. Esse pessimismo em relação às coisas terrenas é transformado por Cristo em esperança de uma vida futura ótima e definitiva.
Esperança para nós, que ainda vivemos neste mundo de vaidades, em que tudo é passageiro, portanto, ilusório. Porque o Cristo já vive a nova vida, a Ressurreição, da qual participamos já pelo batismo e pela Eucaristia, que nos restaura constantemente, até atingirmos o conhecimento perfeito (2ª leitura).
A vida plena desejada por Deus só pode ser a vida definitiva que Cristo nos garantiu por sua morte e ressurreição. Jesus não veio para satisfazer aos interesses terrenos. "Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?", respondeu ao que estava preocupado com uma divisão de herança. "Buscai as coisas do alto", recomenda São Paulo.
Os evangelhos dos últimos domingos nos conduzem à conclusão que só Deus é a felicidade. "Que devo fazer para conseguir a vida eterna?": Ame a Deus e ao próximo (parábola do bom samaritano); "Marta, Marta, você está agitada e preocupada com muitas coisas, mas apenas uma é necessária! Maria escolheu a melhor de todas"; Jesus ensina a rezar e a pedir o necessário, e o Pai "dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!". Hoje e adiante, Jesus ensina a desprezar a riqueza material.O cristão é aquele que vive em meio ao mundo que passa buscando a vida eterna, que não passa. Ele conta os seus dias com sabedoria (cf. Salmo) na esperança da vinda d'Aquele que pode dar a verdadeira alegria.
Márcio Carvalho da Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário