Trechos do discurso do Santo Padre em audiência aos participantes de um congresso da Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice, no dia 22 de maio de 2010.
"Com efeito, a crise e as dificuldades de que no presente sofrem as relações internacionais, os Estados, a sociedade e a economia, são em grande medida devidas à falta de confiança e de uma adequada inspiração de solidariedade criativa e dinâmica, orientada para o bem comum, que leve a relacionamentos autenticamente humanos de amizade, de solidariedade e de reciprocidade, também "dentro" da actividade económica. O bem comum é a finalidade que dá sentido ao progresso e ao desenvolvimento que, caso contrário, se limitariam unicamente à produção de bens materiais; eles são necessários, mas sem a orientação para o bem comum terminam por prevalecer o consumismo, o desperdício, a pobreza e os desequilíbrios; factores negativos para o progresso e para o desenvolvimento."
"A política deve ter o primado sobre as finanças e a ética deve orientar todas as actividades."
"No entanto, aquilo que é fundamental e prioritário em vista do desenvolvimento de toda a família dos povos, é o esforço em vista de reconhecer a autêntica escala dos bens-valores. Somente graças a uma correcta hierarquia dos bens comuns é possível compreender que tipo de desenvolvimento deve ser promovido. O desenvolvimento integral dos povos, finalidade fulcral do bem comum universal, não é dado apenas pela difusão do empresariado (cf. ibidem), dos bens materiais e cognitivos, como a casa e a instrução, das escolhas disponíveis. Ele é dado de maneira especial pelo incremento daquelas escolhas positivas que são possíveis quando existe a noção de um bem humano integral, quando existe um telos, uma finalidade sob cuja luz o desenvolvimento é pensado e desejado."
"A exclusão das religiões do âmbito público, como por outro lado o fundamentalismo religioso, impedem o encontro entre as pessoas e a sua colaboração para o progresso da humanidade; a vida da sociedade empobrece-se de motivações e a política assume um rosto opressor e agressivo (cf. ibid., n. 56)."
texto na íntegra aqui.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
A política tem o primado sobre as finanças
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Moral e Ética,
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