sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

EDUCAR OS JOVENS PARA A JUSTIÇA E A PAZ

Divulgado o texto da Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012, que se celebra em 1º de janeiro. A íntegra da Mensagem aqui.

A Mensagem convida a um olhar de esperança para o futuro, "olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações", conforme a esperança do povo que espera seu Senhor.

O Papa reconhece a particularidade da expectativa dos jovens, que podem, de fato, oferecer uma valiosa contribuição à sociedade. Para isso, é necessário que sejam educados para a justiça e a paz.

A educação é um processo que se alimenta do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Requer responsabilidade e disponibilidade, além do testemunho daquele que ensina.

Os educadores são, em primeiro lugar, os pais e a família. É um valor a se resgatar o respeito e a "solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro".

Também é grande o papel das instituições com tarefas educativas: devem valorizar e respeitar a dignidade humana de cada pessoa, e cuidar para não contrastar com as consciências e os princípios religiosos. A responsabilidade do próprio jovem é grande, cabendo-lhe fazer bom uso da liberdade.

A formação integral da pessoa exige que não se descuide da dimensão moral e espiritual. Educar para a verdade é colocar a questão sobre o fim último, sobre quem é a pessoa humana e qual sua natureza. Deve-se redescobrir o homem como ser com sede do infinito, sede de verdade que dê sentido à vida.

A liberdade autêntica "não é a ausência de vínculos, nem o império do livre arbítrio; não é o absolutismo do eu." O homem é um ser de relação; precisa dos outros, sobretudo de Deus, autor de tudo e a Verdade última. O relativismo reinantena sociedade deve ser combatido para ser possível a educação. Sem a verdade, a pessoa poderá duvidar até da bondade da própria vida e das suas relações, tornando impossível a justiça e a paz.

Para exercer a liberdade, deve-se conhecer o bem e o mal, e a si próprio. A lei moral natural, uma lei que está no íntimo da consciência, tem caráter universal e exprime a dignidade de cada pessoa, com seus direitos e deveres fundamentais.

"É importante não separar das suas raízes transcendentes o conceito de justiça", para sobrebor a tendência de se recorrer aos critérios de utilidade. A justiça, então, não é uma convenção humana, mas origina-se na própria identidade do ser humano.

A paz, que em última análise vem de Deus, não é apenas dom a ser recebido, mas obra a ser construída. "A paz para todos nasce da justiça de cada um, e ninguém pode subtrair-se a este compromisso essencial de promover a justiça segundo as respectivas competências e responsabilidades", sendo o ponto central o responsável uso da liberdade.

Aos jovens, o Papa pede: "Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação." Que os jovens sejam exemplos para os adultos de como viver intensamente os anseios de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Neste caminho não estão sozinhos: "A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz."

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