Reflexão para o 4º Domingo da Quaresma
Lc 15,20: “Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou”. (Veja também: 1ª leitura: Js 5,9a.10-12; Salmo 33; 2ª leitura: 2Cor 5,17-21; Evangelho: Lc 15,1-3.11-32).
Alegria pela vida nova
Já passamos da metade do itinerário quaresmal e já despontam no horizonte os sinais da Ressurreição. É um Domingo de Alegria em meio a um tempo de penitência. Como pode? A penitência tem por fim a alegria. Porque Deus quer o amor mais que os sacrifícios (Os 6,6), no sentido de que as ações devem ser motivadas por boas intenções.
Os israelitas, após seus quarenta anos de deserto, chegam, enfim, à Terra Prometida (1ª leitura). Lá, cessa o maná, do qual estavam fartos, e comem do pão sem fermento, figura da realidade nova onde os erros do passado já não são levados em conta, (2ª leitura) e figura do novo povo de Deus, a Igreja, em que o alimento é o próprio Cristo, feito alimento eterno.
O Evangelho do Domingo da Alegria é a parábola do pai misericordioso, ou do filho pródigo, ou dos dois filhos, conforme o aspecto que se queira ressaltar. No contexto do tempo litúrgico, um aspecto importante se faz notar: o filho mais jovem sai em busca da felicidade. Ele, com o pai e o irmão eram donos de uma próspera propriedade, mas parece que estava farto do cotidiano da família e do trabalho. Apesar de ter o suficiente (talvez até mais!) para a subsistência, tentou uma vida diferente, esbanjando os bens. Só caiu em si quando percebeu que seus bens se acabaram (como todos os bens se acabam) e que se tinha colocado abaixo dos porcos!
Quando a segurança material e os prazeres imediatos não mais escravizam o homem, este, liberto, descobre a misericórdia do Pai que nem sequer pergunta pelos erros passados, mas se alegra e convida a todos à sua alegria.
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