Evangelizar pela Internet não é forçosamente falar de Deus, mas demostrar nosso estilo cristão de viver em tudo o que publicamos na rede.
Autor: Lucrecia Rego de Planas | Fuente: Catholic.net
Tradução: Márcio C. Silva
Chamou-me muito a atenção, ao ler a mensagem do Papa para a 45ª Jornada das Comunicações Sociais, que esta vez o Santo Padre não se dirigiu de maneira exclusiva a jornalistas, locutores, escritores e artistas, como tem sido sempre nestas jornadas, mas sim que nos falou a todos os cristãos, tratando-nos a todos como “comunicadores”.
Assombrou-me, também, o profundo conhecimento que demonstra o Papa, como se o vivesse cada dia, acerca do atrativo das Redes sociais, da comunicação com amizades virtuais, da coerência de nosso ser e agir com o perfil público que mostramos na rede, da tentação que se pode apresentar de ter uma vida paralela em um mundo inexistente.
Para os que gostam de resumos, destacarei somente as ideias principais que trata o Papa em sua mensagem:
1. A mudança cultural gerada pela Internet é equiparada à ocasionada pela Revolução Industrial. A extraordinária potencialidade de suas aplicações deve ser colocada a serviço do bem da pessoa humana.
2. A coerência que devemos mostrar, como católicos, entre nosso ser real e nosso “perfil público” na Rede. Assumir o que é reto e a obrigação de comunicar nas Redes Sociais nuestro pensamento cristão sem desvirtuar ou relativizar a verdade para buscar a "popularidade".
3. Evangelizar pela Internet não é forçosamente falar de Deus, mas demostrar nosso estilo cristão de viver em tudo o que publicamos na rede: opiniões, fotografias, preferências, comentários, etc.
4. Cuidarmos da tentação de ter páginas pessoais onde mostremos em nosso perfil uma imagem parcial e destorcida de nosso mundo interior, com um afã de autocomplacência.
5. Refletir sobre "Quem é meu próximo?" neste novo mundo. Os que estão ao meu lado e os que não estão. Não perder de vista o que está junto a mim, mas tampouco desperdiçar a oportunidade de alimentar amizades e relações profundas e duradouras no mundo virtual, com uma comunicação franca, aberta, autêntica, amável e respeitosa.
6. O Papa termina a carta chamando a todos os fiéis a ser ativos participantes no mundo digital: "Desejo chamar aos cristãos a unir-se com confiança e criatividade responsável à rede de relações que a era digital tem feito possível, não simplesmente para satisfazer o desejo de estar presentes, mas porque esta rede é parte integrante da vida humana".
Por fim, é uma carta bem curta e bem interessante que nenhum católico deveria perder, pois está dirigida a cada uno de nós.
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