Reflexão para o 6º Domingo do Tempo Comum - Ano A
Mt 5,20: “Eu vos digo: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus”. (Veja também: 1ª leitura: Eclo 15,16-21; Salmo 119; 2ª leitura: 1Cor 2,6-10; Evangelho: Mt 5,17-37).
Justiça é cumprir a Lei com perfeição
Jesus veio colocar todas as coisas no seu devido lugar, levar a obra do Pai à perfeição, cumprir o Seu desejo eterno. Os Mandamentos inspirados do Antigo Testamento, segundo Jesus no Evangelho de hoje, não foram e não serão abolidos até o fim da história.
Acontece que muitos doutores, daquela e desta época, podem cair no erro de minimizar a Lei, amparando-se em falsos conceitos de bondade, misericórdia e amor de Deus. O erro oposto é cumprir a Lei por sua letra, nem mais nem menos do que está escrito, e assim se considerar justo. Outro erro, o pior deles, típico do doutor, é ensinar e não praticar.
Deus, em sua Sabedoria, dispôs todas as coisas e fez o ser humano livre para escolher entre o bem e o mal. Também nos deu sua Lei como ‘manual de instrução’ para nossa liberdade. A Lei, então, deve ser entendida no Espírito do seu Autor. O ser humano só é verdadeiramente livre quando escolhe o Bem pelo qual e para o qual foi feito.
Jesus ensina a cumprir a Lei em sua perfeição, a cortar o mal pela sua raiz: a mente ou ‘coração’. “Todas essas coisas saem de dentro” (Mc 7,23) e é preciso evitar que a tentação se torne ação ou mesmo intenção. Da alegoria dos membros podemos entender ainda que muitas vezes é preferível que o Corpo de Cristo, que é a Igreja, tenha poucos membros sadios e justos, que entendem e cumprem a radicalidade da Lei e são comprometidos com a verdade. A autêntica vivência da verdadeira fé católica é o melhor remédio contra o fenômeno crescente de “fiéis” confusos, vacilantes e ingênuos.
Um comentário:
O texto é esclarecedor mas o catolicismo não mudou a lei em seu catecismo?
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