“Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis (...)"
Circula na internet desde 2010 um texto falsamente atribuído ao Beato João Paulo II.
Pior: o texto ganhou tanta fama que virou nome de livro, programa de tv e rádio, e sabe Deus até onde chegou.
Descobriu-se que o texto foi criado por um tal Gilberto, brasileiro, com boa intenção.
Na época da criação, o próprio chegou a comentar numa comunidade do Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=54769813&tid=5422874292603089489&na=1&nst=1
Nem ele mesmo sabe quem atribuiu o texto ao falecido Papa.
Apesar da boa intenção, qualquer leitor ou ouvinte habituado às mensagens do Sucessor de Pedro sente no mínimo estranheza ao ler o texto em questão.
"Santos sem véu ou batina"? Um papa da disciplina hierárquica falaria isso?
"... que se "lascam" na faculdade"? Muito provavelmente o Papa nem conhece essa gíria.
"Santos modernos"? Um defensor da Tradição não usaria esse termo.
"que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man."? Ele não era contra os americanos, mas quanto exagero!
"refri"? Teria que ser muito brasileiro mesmo...
Gilberto diz ter se baseado na frase muitas vezes repetida pelo Papa: "Precisamos de santos" para escrever seu texto. Essa sim, muito repetida pelo Beato (ver no Google), a primeira vez em 91 na beatificação de Madre Paulina.
No site do Vaticano não há sequer a expressão "precisamos de santos" Ver no Google.
E tem mais: dizem que o texto era da Carta aos Jovens de 1985. Mas podem conferir, não há NADA parecido com isso na Carta: http://www.vatican.va/
De tudo isso, fica a lição: mais atenção com citações de internet!
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
"Precisamos de santos", de João Paulo II. Será?
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Formação Católica Online: Curso "Catecismo da Igreja Católica em exame"
Formação Católica Online: Curso "Catecismo da Igreja Católica em exame": Quanto sabes do Catecismo da Igreja Católica? "Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precio...
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
A águia, a galinha e a inveja
Breve apreciação do livro "A águia e a galinha", do herege Leonardo Boff, para quem rezo a Deus que tenha seu nome apagado das cátedras da história, pelo bem da humanidade.
De uma simples história, a princípio inocente, o doutrinador pseudo-cristão consegue destilar, como uma simplicidade que beira o insuportável, toda uma complexa visão revolucionária do mundo. A começar por exaltar o autor da história-metáfora. Para entender a admiração de Boff pelo autor, basta citar uma frase destacada no texto: "Sou socialista, sou marxista e sou cristão". Para ele que "mamou" na Igreja até quando pôde, não importa as condenações dos últimos dez papas contra o comunismo, o socialismo, o marxismo (http://www.apostoladoscr.com.br/2010/08/os-10-ultimos-papas-condenam-o.html). O papa do Concílio Vaticano II, Beato João XXIII, disse que “nenhum católico pode aprovar sequer o socialismo moderado”.
Mas como o barbudo não está "nem aí" para o que a Igreja diz, continuemos a resenha.
O discurso que ele faz é muito fácil; ao homem "excluído" falta uma dimensão águia, que tem que se desprender da "dominação". Típico da mentalidade revolucionária, não pensar no verdadeiro chão da história, mas num futuro hipotético, com grande desprezo pelas conquistas dos antepassados.
Algumas das personalidades-exemplo citadas ao longo do livro, são de causar náusea ao conhecedor mediano da história. Che Guevara um "mestre referencial"? Seria porque ele odiava negros, matava homossexuais e quem não fosse "da causa", ou porque queimava livros?
Da própria metáfora, ele não explica as limitações. Se esquece que a águia, a dimensão humana que, segundo ele, deve se libertar dos dominadores, passa a viver da rapina. Não encontra no seu céu ideal o sustento. Quem muito sobe e se desprende da necessária miséria ontológica humana, tem que roubar o seu sustento daquele lugar que passou a negar. Qualquer semelhança com a política brasileira atual não é mera coincidência, visto ter as mesmas bases ideológicas.
A mentalidade revolucionária, libertadora, e afins, tem sua semente na inveja e produz cada vez mais inveja. Um homem que cobiçava um bem de outrem, sem ter capacidade de tê-lo, passou a negá-lo. Assim, como não podia adquirir o objeto de sua cobiça, diz para si mesmo e para todos que aquilo lhe pertence de direito, mas aquele que o possui o oprime. Prega então a revolta. E a revolta tem por fim, pasme-se, inverter a situação: passar a ser dominador daqueles que, por direito, dominam.
Da metáfora poderia se tirar a lição espiritual que o homem tem o desejo do Infinito (com todas as letras: Deus, não a prosperidade material, a realização pessoal ou qualquer discurso politicamente correto). Mas até nesse ponto o excomungado não perde a oportunidade de professar heresia. Diz ele que a divindade é uma energia (claro, ele é materialista, e matéria é energia), que todos participamos da divindade, mergulhados nela, temos Deus dentro de nós, no sentido panteísta ou panenteísta (ele não se decide), não no sentido cristão da redenção em Cristo.
Boff prefere pregar a utopia, um mundo extremamente confortável de se pregar, mas impossível de se viver. Deus criou a desigualdade, sim, distribuiu os carismas de acordo com a capacidade de cada um, em vista do bem comum, não dos bens-em-comum. A sociedade igualitária pregada pelos revolucionários é uma nivelação da miséria, como se todos tivessem condições de ser tudo. A fé cristã prega, ao contrário, o serviço, o desprendimento, o Reino de Deus, que não é deste mundo.
"Quem quiser ganhar esta vida, vai perdê-la". E "foi pela inveja do diabo que entrou o pecado no mundo".
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Mensagem do Papa para a Quaresma x Campanha da Fraternidade 2012
No Brasil, a CNBB propõe a reflexão em forma de Campanha da Fraternidade sobre o tema da Saúde Pública.
Tenho muitas críticas à CF em tempo de Quaresma, mais pela sua aplicação nas paróquias e comunidades, mas também pelos textos-base, que pouco falam das realidades espirituais.
O caso é que, este ano, veio muito a calhar a Mensagem para a Quaresma 2012 de Sua Santidade o Papa Bento XVI com o tema da CF 2012.
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/lent/documents/hf_ben-xvi_mes_20111103_lent-2012_po.html
Destaco estes trechos, grifos meus:
"A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob
todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual.[...] O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo
irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o
antepor a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser
capazes de «ter misericórdia» por quem sofre [...]
O facto de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude
pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me
parece esquecido: a correcção fraterna, tendo em vista a salvação eterna.
De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o
bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade
espiritual pelos irmãos. [...]
Não devemos ficar calados
diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por
respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de
alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a
verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca
há-de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo
amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão."
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Demanda de formação católica à distância

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Formação Católica Online: Estudo sobre a Campanha da Fraternidade 2012 (grat...
Formação Católica Online: Estudo sobre a Campanha da Fraternidade 2012 (grat...: Participe gratuitamente do Estudo sobre a Campanha da Fraternidade 2012. Discutiremos o tema "Fraternidade e Saúde Pública", a Liturgia da ...