quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Há ainda a possibilidade de um padre celebrar “de costas para o povo”?

Litúrgica e teologicamente, o sacerdote voltado para o Altar não dá as costas para o povo, ao contrário, ele volta-se como o primeiro dentre os fiéis para oferecer o Sacrifício a Deus pelo povo. Atualmente, após 1965, difundiu-se a forma de celebrar a Santa Missa versus populum (voltado para o povo), porém, sempre há a possibilidade de se celebrar, igualmente, versus Deum (voltado para Deus) ou ad orientem (ao Oriente, representando o Cristo Vitorioso, novo Sol). Aliás, é esta orientação espacial que se tem em conta quando se diz à direita ou à esquerda do altar.
Eis o modo de celebrar: 
1. Depois da entrada, o sacerdote vai para a Cadeira, de lá celebra, voltado para o povo, do Sinal da Cruz até a Oração do dia.
2. Terminado os ritos iniciais, todos se sentam. As leituras são proclamadas do ambão. A homilia é feita do ambão ou da cadeira.
3. Da cadeira o sacerdote preside a Profissão de fé e a Oração Universal ou dos fiéis.
4. O sacerdote senta-se enquanto o diácono ou acólito prepara o altar. Se há procissão, o sacerdote recebe os dons e repassa aos seus ajudantes.
5. O sacerdote volta-se ao Altar com a devida reverência e conclui as oferendas.
6. Voltando-se para os fiéis, diz “Orai irmãos e irmãs...” e depois da resposta volta-se ao Altar, e assim
permanece até as elevações da Consagração.
7. Nas elevações do Corpo e do Sangue, o sacerdote eleva acima da cabeça, para que os fiéis vejam.
8. Após genuflectir, o sacerdote volta-se para o povo e diz “Eis o mistério da fé” a que o povo responde com a fórmula prevista. Volta-se ao Altar e continua assim até “Eis o Cordeiro de Deus...”.
9. A oração após a Comunhão pode ser feita da Cadeira ou voltado para o Altar.
10. A bênção final é dada voltado para o povo.
Resumindo:
- O sacerdote volta-se para o altar a partir da bênção das oferendas e só se dirige aos fiéis:
1. Na oração “Orai irmãos...”
2. Na aclamação “Eis o mistério da fé”
3. Para saudar com a paz alguns dos
presentes, sem sair do presbitério.
4. Na apresentação do Pão fracionado
“Eis o Cordeiro de Deus...”
5. Para distribuir a Santa Comunhão
6. Para dar a bênção final.
Celebrar ad orientem, como a Igreja fez por séculos, não está proibido, e expressa a centralidade de Deus no culto litúrgico, não a centralidade de uma padre a conversar com o povo. É com este espírito que Bento XVI liberou para toda a Igreja a celebração da Santa Missa na forma antiga, e tem celebrado, sempre que possível, ad orientem.

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